delírios em palavras



quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

quando a felicidade é excessiva, há falta de inspiração

domingo, 24 de janeiro de 2010

Sem nome

Às vezes se leva tempo para chegar a conclusões que sempre foram óbvias. Mais tempo ainda quando a resposta é única e todas as outras alternativas não servem para nada, a não ser confundir e criar conceitos falsos e injustos. No momento a certeza não é total, mas contraria tudo que já foi pensado. Antes eu não iria concluir as coisas dessa maneira, mas se todos os fatos forem verdadeiros, essa é a opção que mais se aproxima da realidade. Ela corresponderia todas as atitudes e não atitudes, faria de tudo que eu vivi real, mas tornaria as coisas mais complicadas, apesar de possíveis. Até poucos dias era um mistério. Agora que descoberto se torna um desafio, que eu não tenho medo de encarar. Não espero por mais nada, espero apenas conseguir te tirar desse labirinto. Labirinto que te envolveu e criou barreiras fortes, capazes de impedir, de evitar, de dificultar. Agora me encontro presa nele e só vou me desprender quando a destruição do mesmo acontecer. Mas aí será tarde demais, estarei presa em ti.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

e quando for tarde

Não precisa falar nada, não preciso de suas razões, elas só me confundem. Talvez assim seja até melhor. Te entendo se quiser ir embora, não vai ser a primeira vez nas últimas 24 horas. Se dependesse de mim tudo seria diferente, mas não se trata da minha vontade. O rumo que tudo está tomando nas últimas semanas é diferente do que se esperava. E como se esperava. A afinidade está maior, os mistérios estão sumindo, a emoção como já é antiga está cansada. Tão cansada quanto eu. Não consigo te imaginar longe, mas ao meu lado é perto demais para ser possível. Provamos que o tempo desenvolve, porém não significa que ele não acabe. Agradeço por entrar na minha vida, mas no momento eu saio dela. Não foi isso que eu quis, nunca foi. Você sabia. Eu tentei, mas minha impaciência não está permitindo ir até o fim. O tempo passou rápido demais, causando atrasos. Procuro seguir, você tenta me prender. Me prender num atraso que nem se sabe se vai andar realmente. E quando for tarde demais, nada estará perdido, apenas atrasado o suficiente para não ter acontecido.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Incompetentes por inteiro

No fim, acabo entendendo. Ultimamente as perguntas sobre qual era o seu problema atormentavam minha cabeça. Agora percebo que o problema era meu. Até eu cairia de amores por mim se não me conhecesse. Finalmente reconheci minha incompetência diante de tanta coisa, que prefiro nem começar para não denunciar minha incompentência completamente. Não posso viver de palavras, além delas está a transparência. Sem elas estou totalmente pura, indefesa, sem meios para me justificar. Sem palavras, me torno incompetente por inteiro. Como vou inventar minhas regras, se estarei vivendo? Como vou ser direta, se minha timidez me bloqueia? Minha incompetência não permitiria ele ao meu lado, ele não aguentaria. Como escutar se eu não teria palavras para dizer? Teria de me descobrir. Desafio que competência alguma seria capaz de solucionar. Então descubro que minha incompetência te torna incompetente.

capacidade anulada

Sempre achamos que somos capazes. Capazes de mudar tudo, de corrigir erros, de trazer pessoas de volta, capazes simplesmente de transformar. Acreditamos no nosso poder, ignoramos as possíveis falhas, a opção de dar errado. Pensamos que podemos salvar as pessoas, que elas só são assim porque não nos conhecia antes. E então engatamos num processo de ilusão sem fim, guiados por uma esperança intocável. Não importa o que as pessoas digam, o coração não escuta verdades, apenas as descobre depois de um tempo. Enquanto isso criamos teorias inacreditáveis para não desistir do que sentimos. Preferimos não descobrir se a vontade é mútua para continuar sonhando. Quando descobrimos, já é tarde demais para desistir. Depois de inúmeras tentativas que só não tiveram sucesso por 'detalhes', aceitamos que possuímos a capacidade de tentar mudar, mas somos incapazes se sozinhos.
It's hard to go on, when you know that you just don't know

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

o amor da forma mais louca

O que eu sinto por ele é totalmente único, verdadeiro e puro. Ele foi capaz de buscar em mim os pensamentos mais bonitos, as palavras mais sinceras, o sentimento mais louco e inexplicável. Me permitiu ser quem eu sou, me tornou a pessoa que sou, me trouxe tudo aquilo que eu tinha e ainda não sabia. O que eu sinto não tem tradução, o que se passa pela minha cabeça quando qualquer coisa relacionada a ele acontece é indescritível. Ele me mostrou que se precisa pensar para obter palavras e agir para obter sentimentos. Ele me fez perceber que para se magoar são necessárias coisas boas e não é necessário perder para dar valor, e sim ser presente. Ele me mostrou que a consideração deve ser mais forte que tudo e confiança é a base. Ele me provou que simpatia não ignora timidez. Ele me ensinou que se precisa de meses para construir um relacionamento, mas o tempo é ignorado quando se apaixona. Com ele aprendi o significado do silêncio e o valor de 1000 palavras. Ele me guiou por um caminho que se tornou um labirinto, fazendo com que eu me perdesse nos seus mistérios. Ele me trouxe uma felicidade que eu desconhecia, me deu coragem para amar sem exigir algo em troca. Me fez entender que cada um pensa de um jeito, se importa de um jeito, sente de um jeito. Ele valorizou o que eu sinto, apesar de não enteder a intensidade. Me proporcionou as lágrimas mais puras, que não continham raiva, mas ódio, que não continham tristeza, mas incompreensão, que não continham desespero, mas amor. Me fez viajar pros lugares mais distantes, pensar as coisas mais absurdas, viver do jeito mais espontâneo, transformar momentos simples em grandes acontecimentos. Ele se fez insubstituível pra mim, me assustou quando ameacei trair meus sentimentos, mas me segurou quando eu pretendia me jogar. Ele me enlouqueceu 10 vezes por dia, 5 vezes por noite, 1 vez por sonho. E por fim, me deu razões para amar do modo mais sincero, louco e apaixonado, aceitando todas as respostas, entendendo todos os motivos, acreditando em todas as enrolações, entregando todos os segredos, esperando sem pressa. Me deixou entender o amor, como uma loucura. Afinal, se não fosse louco, não seria amor.

agora já foi

A raiva sobe, as energias ruins começam a me consumir, o ódio invade, o arrependimento não permite qualquer esperança de reacontecimento. Agora, não tem volta. As coisas vão acontecendo, por impulso não se controla, por rapidez não se pensa, por vontade se entrega. E assim de repente, aconteceu, e nada mais pode ser feito. O arrependimento carrega culpa e perturba, mas provoca um bloqueio que proibe qualquer ultrapassagem para que o mesmo se repita.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Quanto vale a hipocrisia?

Nos dias de hoje nos deparamos com milhares de situações que muitas vezes desrespeitam não só as leias, como também o próximo. As incivilidades, que em certos casos tornam-se estúpidas; e as infrações, que nem sempre são percebidas por quem as comete; deviam, no mínimo, preocupar a sociedade a ponto de fazê-la repensar suas atitudes.
No momento em que uma pessoa se considera cidadã da cidade onde vive, a mesma tem a obrigação de respeitar tudo e todos que com ela convivem. De fato isso não acontece. Os cidadãos vêm tendo atitudes relaxadas e mal educadas como: jogar lixo na rua, grudar chiclete embaixo do assento, deixar de recolher as necessidades do animal de estimação, ou até desrespeitar a preferência na hora de pegar uma vaga no estacionamento. E, além disso, têm a cara de pau de reclamar dos outros, se indignar e acabam usando e abusando da hipocrisia.
As infrações são cometidas diariamente e então se tornam um hábito, um fato normal e desvalorizado, quando este devia ser um ato de desrespeito, que infringe a lei. Baixar músicas da internet, sonegar impostos, fumar em locais públicos, ultrapassar o sinal vermelho, parar sobre a faixa de segurança; são atitudes proibidas, que são desconsideradas para aqueles que as cometem. A falta de reconhecimento da obra ou do cidadão predomina. Todos dizem que pensam no próximo, que concordam com a lei, que zelam por um país organizado e então mais uma vez a hipocrisia toma conta.
O país precisa de pessoas educadas, honestas, dispostas a fazer pequenas mudanças nas suas rotinas, que poderão ser grandes transformações se cultivadas. Vamos optar pelo caráter, pela coragem, pela justiça. Vamos abandonar a falta de ordem, o desrespeito, a tentativa de superioridade, de trapacear. Vamos pensar de forma justa, parar de julgar os outros, agir civilizadamente e lutar por uma sociedade sadia.
Apenas o caráter e a educação têm o poder de conquistar tais objetivos. Se o pensamento se manter oposto às atitudes, nada adianta. Afinal, quanto vale a hipocrisia?

Tantas vezes me falaram, eu não acreditei. A minha certeza era tão forte que ultrapassava todos os níveis de pureza, se tornando até egoísta. Apesar de reconhecer a ilusão, quis aproveitá-la por todo o tempo que ela esteve comigo. Dei chances falsas, ás vezes vejo tua capacidade e me responsabilizo por ela. De nada adianta. Enquanto não acabar com tudo isso, não permito possibilidade de recomeço. Aprecio a liberdade quando distante dela, neste momento ela nao vale nada. Me mostrastes de todas as formas o quão futil és e tudo que é capaz de fazer para me fazer enxergar. Teu carinho me trouxe paz por minutos e ansiedades por dias. Não tenho necessidade desse tipo de afeto. Sempre fala, ameça, garante, inventa sonhos, promete. Mas nunca teve interesse verdadeiro, nunca se preocupou, nem quis me entender. Não sei onde quer chegar, nem que caminho está seguindo, mas percebo que não estou incluída nos planos. Então sugiro que vá embora, nem me dê satisfações. Apenas vá, sem hesitar, não se preocupe comigo, não precisa fingir mais. Prometo não atrapalhar, recolher meu ciúme, minha possessividade. Por favor não se demore, não se enrole, detesto despedidas. Vá logo, mas se for, não volte.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

melhor calar-se

E quando tudo e todos se apresentam contra os sentimentos e pensamentos que estavam tão decididos, o cuidado deve ser maior. Pelo contrário das outras vezes, ainda tenho controle da situação e estou certa das minhas atitudes. Discordo das palavras que tentam ser sinceras, daquelas que querem o meu bem e me aproximo do perigo. Por um milagre não estou com medo, me sinto segura apesar de estar sem apoio e ouvindo todos os tipos de conselho que me dizem pra não seguir desse jeito. Uma certa hipocrisia me acompanha e ao mesmo tempo me mantém despreocupada em relação a vida. As pessoas não se dão conta que agem igual, que fazem tudo da mesma maneira, talvez com mais cuidado e sem tantos inimigos, porém fazem igual e têm a cara de pau de culpar os atos tão inocentes e incapazes de defesa de um ser que apenas pensa e age do modo que eles. São atos normais que não merecem preocupação. Mas quando tais atos são valorizados, os mesmos têm a obrigação de ser respeitados. Isso demonstra uma clássica ação de hipocrisia: denunciar alguém por fazer certa ação, enquanto desenvolve a mesma. Representar a posse de virtudes, idéias e sentimentos que não possui não levam a nenhum lugar, apenas demonstram um fingimento que talvez seja inocente e despercebido, mas não é sincero. Após muito refletir e me irritar, percebo que conselhos de tal nível não merecem ser ouvidos. E mesmo admirando essas pessoas, reconheço os defeitos delas assim como elas me mostram os meus. Quanto vale seguir o caminho sugerido por tais pessoas, quando este não existe nem mesmo para elas?