Tu é onde eu não tenho medo. Tu é
a minha vontade de não parar, de correr, de ir além. Tu é o sonho que eu busco
realizar todos os dias quando acordo. Tu é o sol que entra como um clarão na
minha manhã, me fazendo acordar. Tu me acorda pra vida, e eu depressa vou
atrás, andando paralelo aos teus passos, procurando segurar tua mão, que evita
que eu caia quando tropeço. Tu é a fala depois do trago, tu é todo o meu
excesso, meu exagero. Tu é a minha coragem em me atrever, ousando as mais
ilustres formas de amor. Tu é onde o amor existe em mim. Tu é a persistência de
um erro que se corrige diariamente. E como eu gosto de errar. Tu é onde me falta disciplina, onde eu perco o
juízo, onde eu esqueço os prejuízos que um amor pode causar. Tu é as marcas no
meu corpo e as manchas nos meus desejos. Tu é onde os meus desejos transbordam
e se multiplicam e se intensificam, fazendo com que raro seja alguém que me segure.
E tu me segura com uma tranquilidade, que só aumenta a necessidade de continuar
te amando em demasia. Sendo assim, o excesso não é amor; é melhor.
delírios em palavras
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Eu sempre soube que era amor. Desde a hora em que nossos
olhos tímidos e sem intenções se cruzaram. Eu soube que era amor, veio de forma
abrupta, repentina, me deixou presa. Presa nos teus passos, nas tuas escolhas,
na tua vida. A vida que eu invadi, sem nem bater na porta ou perguntar se podia
entrar. Fui te invadindo da mesma forma que os meus sentimentos por ti tomaram
conta de mim. Sufoquei teu espaço conservado, reservado, rígido, era difícil te
acessar. Mais difícil ainda era te desvendar e perceber que por trás dessa
barreira existia amor. Eu sempre soube que era amor. Desde o primeiro toque, o
primeiro beijo, a primeira risada. As minhas pernas tremendo, o teu olhar
fugitivo, a ansiedade que dominava. Era amor e eu sabia e tu sabia, e escondia.
E agora depois de tanto tempo de amor declarado, sabemos que ainda há amor que
se esconde. Em cada detalhe dos nossos gestos, em cada palavra que não
pronunciamos, em cada despedida que não olhamos pra trás. Hoje reconhecemos que
não é amor; é muito mais.
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Eu to querendo mais. Eu to querendo te olhar mais no fundo
dos olhos, para garantir que tuas pupilas dilatam quando está comigo. Eu to
querendo falar mais, dizendo menos, engolindo minhas palavras e sufocando as
tuas através de beijos. Eu to querendo
mesmo ficar em paz, na tranquilidade dos teus abraços, que se meu egoísmo
permitisse, eu recomendaria aos outros.
Eu to querendo tanto tanta coisa. Na verdade mesmo, eu to querendo menos
coisas; quero mais carinho, mais sol, mais chocolate, menos estar sozinha. Eu
quero perder o controle, esquecer meus erros, planejar um futuro sem planos. Eu
quero te ter mais, ser mais, viver mais, porque os dias passam muito rápido pra
viver à espera de algo. Hoje mesmo, o dia já acabou.
sábado, 22 de setembro de 2012
o acordar de quem vive
É bom amanhecer assim; com vontade de flores, de calor, de
cheirar o ar da vida. Ter a calma de quem tem tempo; o desejo de quem batalha;
e o amor de quem ama, apesar de tudo, viver.
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Ela sabia. Ela sempre soube que conseguiria, e por isso não
perdeu tempo tentando forçar o que não era pra ser. Ela que com seu jeito
espontâneo ganha o mundo, ganha da vida e faz a vida do jeito que o tempo
oferece. Ela que se satisfaz com o pouco, tamanha humildade e simplicidade dos
seus pensamentos. Pensamentos esses que revelam sentimentos complicados, que
ela até poderia ficar analisando, não fosse a pressa por sentí-los. Ela que agora tão longe, mas que por momentos
se deixa chegar perto e enlouquecer quem um dia se apaixonou por ela sem
escolhas. Afinal , ela é a loucura que te faz acordar todos os dias,
esperando para ter de volta o que há de
melhor na tua vida: ela.
terça-feira, 11 de setembro de 2012
É estranho falar do que
passou, do que não é mais. Estranho relembrar aquela confusão de sentimentos e
pensamentos que vinham como uma onda e me afogavam ainda mais dentro do que um
dia eu nem sabia o nome. Aquele labirinto que me prendia e te sufocava em uma
história que a gente nem sabia se era nossa mesmo. Em uma história que talvez não
acontecesse não fosse nós com tamanha insistência diante da vida e do destino
que almejava nos distanciar. Tu com dúzias de palavras não pronunciadas, quieto
em um silêncio que me inquietava; e eu com palavras que já nem cabiam dentro de
mim, transbordadas, jogadas contra ti, na esperança que tu fosses devolvê-las.
Eu com um desejo insaciável por viver e tu com a tranquilidade de quem já viveu
tantas vezes. Depois de tanto implorar à
vida para que pudéssemos enfim ter o fim ou começo que tanto esperávamos, tivemos
a chance de provar, comprovar e aprovar o script que criamos. Eu que acreditava
no acaso, queria que o nosso caso fosse diferente e possível de acontecer sob
medidas. E quando três anos se passam, conseguimos nos dar conta que não somos
mais aqueles perdidos que se perdiam diariamente em cada palavra não dita ou em
cada sentimento escapado. Mudamos tanto que não somos mais aqueles pelos quais
nos apaixonamos uma vez. Na verdade
somos aquilo que o nosso amor nos fez ser para que conseguíssemos encaixar
nossas vidas, diante das minhas medidas e dos teus critérios, que agora estão
em tudo o que chamamos de nosso. Hoje sabemos que quando se quer amar, basta um
amor para recomeçar todos os dias.
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