delírios em palavras



quinta-feira, 22 de novembro de 2012



Eu sempre soube que era amor. Desde a hora em que nossos olhos tímidos e sem intenções se cruzaram. Eu soube que era amor, veio de forma abrupta, repentina, me deixou presa. Presa nos teus passos, nas tuas escolhas, na tua vida. A vida que eu invadi, sem nem bater na porta ou perguntar se podia entrar. Fui te invadindo da mesma forma que os meus sentimentos por ti tomaram conta de mim. Sufoquei teu espaço conservado, reservado, rígido, era difícil te acessar. Mais difícil ainda era te desvendar e perceber que por trás dessa barreira existia amor. Eu sempre soube que era amor. Desde o primeiro toque, o primeiro beijo, a primeira risada. As minhas pernas tremendo, o teu olhar fugitivo, a ansiedade que dominava. Era amor e eu sabia e tu sabia, e escondia. E agora depois de tanto tempo de amor declarado, sabemos que ainda há amor que se esconde. Em cada detalhe dos nossos gestos, em cada palavra que não pronunciamos, em cada despedida que não olhamos pra trás. Hoje reconhecemos que não é amor; é muito mais.

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