delírios em palavras



segunda-feira, 30 de agosto de 2010

não saber

Ele não sabe. E não saber é o pior estado. Não saber se sabe, não saber o que fazer, pra onde ir, pra onde olhar. Não saber o que ela está fazendo, no que ela está pensando, não saber se ela está pensando ou se está apenas sonhando, livre na vida. Não saber se ela volta, se ela está bem, se ela está perdida, se ela quis se perder. Ele não sabe, com poucas palavras ela se calou. Ele não fala nada, nem tampouco ouve. Ele espera e cria teorias para passar o tempo. Ele inventa possibilidades, ele tenta achar uma saída. Ele prefere não pensar no depois, é inevitável. Quando não se sabe, pensa-se em tudo, no antes, no agora, no depois, no que não aconteceu. Ele passa por um momento de incertezas, o chão pode rachar ou ela pode correr sobre ele voltando, provando que o chão resiste. Ele não vai ir atrás, ele respeita o espaço. Ele não vai procurar, ele não vai ligar, ele não vai demonstrar o desespero. Ele está tranquilo, dentro do impossivel. Ele queria poder abraçá-la, ele queria poder ouvir sua voz. Mas ela vai voltar. Ela vai voltar com saudades, trazendo a noticia ou um simples recado, um aviso. De qualquer jeito ele sabe o jeito, ele sabe seguir, ele sabe olhar para tráz sorrindo. Mas ela vai voltar, talvez demore e se assim for, ela que estará nas mãos dele. Ela que vai esperar, o tempo que ele aguentou, por todo o amor que ele sentia e ela tentou guardar.
ela quer ir para praia, ela quer esquecer os problemas, ela quer perder os erros, talvez queira fugir de si.

domingo, 29 de agosto de 2010

''mas eu sei que um dia a gente aprende, se você quiser alguém em quem confiar, confie em si mesmo.''

terça-feira, 24 de agosto de 2010

De repente sentiu falta. Depois de um tempo percebeu que ela não estava mais ali, como sempre, aos seus pés e nas suas mãos. Quando finalmente faltou a luz que iluminava teu dia, o invisível saltou aos teus olhos e agora tu enxergas que ela foi embora. Ela não se importa mais. Talvez fale contigo, ela é educada, ela tem nível. Não é como tu, que és baixo, que não sabe medir o que diz, que age por impulso e recua com covardia. Ela sabe o que ela merece, ela sabe o que vale a pena. O preço dela agora é outro. Fora de alcance pra ti, que não sabe o valor dela, nem tampouco o que tu deixastes de ter.

domingo, 22 de agosto de 2010

Quem te faz assim?

Por quem tu mudarias? Por quem tu serias capaz de ir além? Por quem tu passarias frio num dia de inverno? Por quem tu te queimarias num dia de sol? Por quem tu passarias uma noite em claro na tentativa de melhorar? Por quem tu sonharias até se realizar? Por quem tu atravessarias o que fosse necessário pra buscar? Por quem tu deixarias qualquer coisa para amar? Por quem chorarias sem vergonha do sentimento? De quem tu lembrarias com saudades sorrindo? Pra quem tu dedicarias uma música ou poesia? Pra quem tu escreverias as palavras mais bonitas? Por quem tu aprenderias o significado de um silêncio? E por quem tu estarias onde for para ser presente? Por quem tu largarias o mundo inteiro para fugir? Pra quem tu darias a mão para evitar cair? Com quem tu viverias os melhores momentos? Por quem tu darias o mundo se fosse preciso? Quem tu abraçarias para proteger? Por quem tu achas que valeria a pena sofrer? Por quem tu ficarias e seria incapaz de ir? Por quem forçarias um sorriso para ver sorrir?

O amor não exige provas, ele é a maior delas.

O que te faz sorrir?

terça-feira, 17 de agosto de 2010

o pouco tempo é estranho

O vazio vai preenchendo e é estranho, faz tão pouco tempo. Não importa, os pensamentos são constantes, assim como os planos e vontades. A maior delas, impossível no momento. Tanto a dizer, o ato de se manter em silêncio, simplesmente para não atrair barulhos agudos ou ter uma visão trêmula. O não saber é horrível, a vontade de saber é perturbadora, mas não tanto quanto a vontade de estar junto. Faz pouco tempo e é tão estranho. O coração pára e acelera, é como se meio termo não existisse. Os sentimentos se alternam entre desânimo e felicidade absurda. É estranho porque faz pouco tempo. Meus atos se intercalam de espera à certeza da chegada. Falta pouco, mas o pouco às vezes é eterno. Como um dia feliz, que muitas vezes se alonga e se torna raro durante 4 dias. Como o corpo completo, que parece vazio quando sozinho. De repente isso é vontade excessiva, de repente seria controlável. De repente é uma saudade opcional. Mas é estranho, apesar de fazer pouco tempo. De repente é simplesmente verdadeiro demais e por isso seja incomum. Por ser único, se torna essencial. E tudo que é essencial é necessário constantemente. Faz pouco tempo, mas o pouco às vezes é eterno, e os 2 dias sem te ver foram uma eternidade. Vem pra cá. Agora. De repente passa.

domingo, 1 de agosto de 2010

eu poderia sair dançando pelas ruas da vida, cantando a eternidade do que eu to sentindo. eu poderia me jogar e quebrar os limites, ultrapassar as regras. eu poderia me perder na minha felicidade, proporcionada por cada um dos teus gestos. eu poderia traduzir meus pensamentos e sentimentos, combinando as melhores palavras para fazer disso uma declaração. eu poderia dizer que te amo.

e talvez isso bastasse. talvez baste.

é lá

É lá que os pensamentos voam soltos, formando um vento que me distrai. É lá que a brisa é suave e pura, afastando tudo o que poderia atormentar. As águas afundam o que há de ruim, ao mesmo tempo em que as mágoas morrem afogadas. As ondas trazem as lembranças mais distantes e levam embora o que se quer esquecer. A luz que vem do céu, carregada pelos raios de sol, liberta a inspiração para felicidade, tornando o dia perfeito. É disso que precisamos. Desse momento isolado do mundo que nos permite esquecer da vida e lembrar que tudo isso existe somente nela.