delírios em palavras



sábado, 22 de setembro de 2012

o acordar de quem vive



É bom amanhecer assim; com vontade de flores, de calor, de cheirar o ar da vida. Ter a calma de quem tem tempo; o desejo de quem batalha; e o amor de quem ama, apesar de tudo, viver.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012



Ela sabia. Ela sempre soube que conseguiria, e por isso não perdeu tempo tentando forçar o que não era pra ser. Ela que com seu jeito espontâneo ganha o mundo, ganha da vida e faz a vida do jeito que o tempo oferece. Ela que se satisfaz com o pouco, tamanha humildade e simplicidade dos seus pensamentos. Pensamentos esses que revelam sentimentos complicados, que ela até poderia ficar analisando, não fosse a pressa por sentí-los.  Ela que agora tão longe, mas que por momentos se deixa chegar perto e enlouquecer quem um dia se apaixonou por ela sem escolhas. Afinal , ela é a loucura que te faz acordar todos os dias, esperando  para ter de volta o que há de melhor na tua vida: ela.

terça-feira, 11 de setembro de 2012


É estranho falar do que passou, do que não é mais. Estranho relembrar aquela confusão de sentimentos e pensamentos que vinham como uma onda e me afogavam ainda mais dentro do que um dia eu nem sabia o nome. Aquele labirinto que me prendia e te sufocava em uma história que a gente nem sabia se era nossa mesmo. Em uma história que talvez não acontecesse não fosse nós com tamanha insistência diante da vida e do destino que almejava nos distanciar. Tu com dúzias de palavras não pronunciadas, quieto em um silêncio que me inquietava; e eu com palavras que já nem cabiam dentro de mim, transbordadas, jogadas contra ti, na esperança que tu fosses devolvê-las. Eu com um desejo insaciável por viver e tu com a tranquilidade de quem já viveu tantas vezes.  Depois de tanto implorar à vida para que pudéssemos enfim ter o fim ou começo que tanto esperávamos, tivemos a chance de provar, comprovar e aprovar o script que criamos. Eu que acreditava no acaso, queria que o nosso caso fosse diferente e possível de acontecer sob medidas. E quando três anos se passam, conseguimos nos dar conta que não somos mais aqueles perdidos que se perdiam diariamente em cada palavra não dita ou em cada sentimento escapado. Mudamos tanto que não somos mais aqueles pelos quais nos apaixonamos uma vez.  Na verdade somos aquilo que o nosso amor nos fez ser para que conseguíssemos encaixar nossas vidas, diante das minhas medidas e dos teus critérios, que agora estão em tudo o que chamamos de nosso. Hoje sabemos que quando se quer amar, basta um amor para recomeçar todos os dias.