delírios em palavras



sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Se você não aceita a verdade, ela o mata aos poucos.
a tua coragem física
não faz tua coragem humana
assim como tua segurança ao caminhar
te deixa incapaz de avançar

as loucuras dela te assustam
e te fazem querer entender
mas teu medo é forte e agudo
e ela vai saber esquecer

teus olhos do antigo verão
nao deixam o inverno passar
inverno eterno e incurável
que nunca vai te perdoar

a vontade dela é imensa
e o sorriso é sempre sincero
talvez isso te perturbe
a felicidade dela sozinha é a tua insegurança

ela sabe sorrir e rir
de um jeito ininteligivel
ela é o balanço das arvores do outono
que te deixou o frio inesquecível

talvez seja a flor que tu sempre quis ter
mas nunca soube regar
talvez seja o sol que era forte demais
e sem querer tu te deixou queimar

ela vai ser uma marca eterna
assim como as incógnitas que ela criou
talvez um dia tu as decifre
talvez não.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

e naquela tarde de chuva...

J


jornada
jurar
junho
jardim
jeito
jasmim
juízo
juntar
joãopedro

domingo, 17 de outubro de 2010

por você

por ti, sim! por ti eu engulo meu orgulho, por ti eu entrego meus segredos, por ti eu vou além, por ti eu exagero. Por ti eu me declarava em público, por ti eu gritaria que te amo, por ti eu perco a vergonha. Por ti eu me atirava de para-quedas, eu passaria frio numa noite de inverno, por ti eu ignoraria o que tu chama de frescuras. Por ti eu faria o que nunca fiz, por ti eu enfrento meus medos, por ti eu busco a verdade sempre. Por ti eu ficaria em silencio, por ti eu falava o que eu sinto. Por ti eu faria qualquer coisa pra te ver sorrir. Por mim, tu deitava no meu colo e eu te fazia dormir. Por mim a gente morria juntos, depois de ter se amado a vida inteira.
é como se o tempo parasse, como se o mundo silenciasse, eu não escuto as vozes ao meu redor. É como se o céu fosse sempre azul e o sol permanecesse em dias de chuva e durante a noite, como se o escuro não existisse. É como se nada mais importasse, como se o vento me movesse e as metáforas fizessem sentido. É como receber rosas numa tarde de terça-feira. É como fugir para praia ou qualquer lugar que lembre paz. É como mergulhar fundo e não saber explicar a sensação. É como dormir e não querer acordar. É como caminhar de pés descalços, sentir a brisa levar os cabelos e respirar o ar com o cheiro do teu perfume. É como ver o sol nascer depois do temporal. E ainda assim, é como se nada disso bastasse pra traduzir o que eu sinto. É como se o que eu sentisse fosse maior que qualquer coisa. E é.