delírios em palavras



terça-feira, 22 de junho de 2010

o que me faltava

É estranho escrever a paz. É estranho desenhar entre as linhas a calma que eu sinto quando estou contigo. É estranho ter certeza, depois de meses sem saber. A normalidade que tudo acontece me tranquiliza, apesar da constante falta de ar ao te ver, apesar dos arrepios e do batimento acelerado. Apesar de todos os pesares. Meu sono é mais profundo, meu dia mais feliz, os pensamentos me levam pra longe e sempre acabo chegando em ti. Anos não proporcionam tanta alegria, como a que sinto com algumas horas do teu lado. Anos não foram tão intensos, quanto segundos em ti presa. Não se explica o toque, não se explicam as palavras mudas, não se explica o sentimento tímido se entregando, não se explica o cheiro penetrando, nem mesmo a espontaniedade ao te contar histórias. As flores ficam mais bonitas, o sol nasce mais quente até mesmo nos dias chuvosos e o tempo passa com a mesma pressa que sinto enquanto te espero. As frases não comovem mais, a tristeza não inspira, a caneta falha as palavras inteligentes e restam somente as puras ou as invisíveis. Quando estou contigo o mundo pára, as luzem apagam para permitir brilho às estrelas e eu abro a porta. E enquanto entras, entra também o teu amor de mãos dadas com a certeza. A certeza de te ter comigo até quando não estou contigo. Como se só isso faltava para trazer vida à minha vida, como se agora tudo estivesse completo e preenchendo os espaços vazios. Felicidade, paz, tranquilidade, vontade de viver. Agora não me falta mais nada. Só alguns dias pra te ver de novo.

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